A Comissão de Direitos Humanos, da Diocese Anglicana do Paraná, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, vem a público solidarizar-se com as duas famílias que choram inconsolavelmente a morte de seus progenitores, vitimados pelo ódio e o desatino manifesto de forma violenta e selvagem na noite deste sábado 09/07/2022, em uma festa familiar, na cidade de Foz do Iguaçú. Em um ato de terror, a chacina foi anunciada. O fanatismo político, como é comum em todos os fanatismos, cega os olhos e retira o bom senso e a humanidade de todas as pessoas que se submetem a esta tirana forma de encaminhamento dos pleitos pessoais e sociais.
Nossa solidariedade aos enlutados e enlutadas. Nosso apoio irrestrito aos que lutam pela construção de uma democracia ampla, geral e irrestrita. O Brasil precisa avançar no diálogo, na tolerância e na melhoria das condições básicas de vida para todo o seu povo.
O policial da Guarda Municipal, Marcelo Arruda, servidor público a tantos anos de sua vida, foi assassinado por acreditar que é possível sim construir uma nação para todos e todas. A esperança encheu o seu coração de alegria e em clima de festa, por mais um nascimento em sua família, celebrava também o dia que, a 50 anos atrás, vinha a este mundo. De um lado a alegria e a esperança, e de outro a amargura, o ódio, a intolerância e o desejo de morte.
Em nosso espaço de fé e de defesa dos Direitos Humanos, no batismo nos comprometemos a “lutar contra as estruturas injustas deste mundo, que corrompem e destroem as criaturas e nos afastam do amor de Deus”. Desejamos que este trágico enfrentamento de mortes, nos faça a todos refletir na busca a verdadeira democracia, a possibilidade de um mundo onde todos e todas possam viver alegres e livres, do ódio e da mentira.
“Que a força de Deus nos guie, a sabedoria de Deus nos ilumine, a mão de Deus nos ampare, o caminho de Deus nos oriente e o escudo de Deus nos defenda!”
10 de julho de 2022.
Comissão de Direitos Humanos da Diocese Anglicana do Paraná
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil